Olá pessoal!

Nunca se falou tanto de Oracle RAC.

As empresas, nunca estiveram tão preocupadas em manter os serviços disponíveis pelo maior tempo possível como hoje. A famosa frase: “O sistema não pode parar nunca!”, nunca foi tão utilizada como é hoje.

Isso se deve ao grau de excelência exigido no mercado. Os clientes dessas empresas, cada vez mais, querem ter certeza que o respectivo atendimento não será impactado pela indisponibilidade dos serviços de TI do prestador de serviços. Em alguns casos, isso é até item de auditoria para que os serviços continuem a ser prestados por determinado prestador de serviço.

Mas… porque isso não era tão questionado anteriormente?

Eu acredito que uma série de fatores contribuíram no passado para a não utilização desse produto que eu acho fantástico!

1)Valor elevado para os servidores: para as empresas de pequeno/médio porte, era inaceitável comprar 2 servidores para “rodarem” o mesmo serviço. Isso só era utilizado em grandes corporações;

2)Valor elevado para os discos: disco antigamente era caro, alguma dúvida nisso? Porque será que o Flashback só foi evoluir tanto a partir do Oracle 10g? Será que se todas as features do Flashback tivessem sido lançadas no Oracle 9i, o impacto no mercado seria o mesmo?

3)Valor elevado em infra-estrutura de rede: criar uma rede dedicada (mesmo que utilizando VLAN’s) para o InterConnect, também era mais complicado para empresas de pequeno/médio porte. Até mesmo porque, para isso, o servidor deve possuir pelo menos duas interfaces de rede;

4) Valor elevado para soluções de clusterização de file system: no Oracle 9i, as únicas maneiras de se armazenar um banco de dados Oracle em RAC era através de raw devices ou através de um file system clusterizado (CFS). Geralmente, com as empresas utilizando sistemas Unix proprietários (AIX, HP-UX, Solaris, etc…) para se armazenar arquivos em um CFS, o valor despendido pelas empresas não era baixo! Acreditem! A licença de um CFS proprietário poderia até ultrapassar o valor gasto em licença com o Oracle RAC. No Oracle 10g, com a introdução do ASM, esse problema foi resolvido, pois as empresas não pagam nada a mais para utilizar esse recurso;

5)Mão de obra especializada: o preço da novidade é caro, já que para ter o grau de excelência exigido na implementação de um ambiente crítico, imagina-se que o DBA estará sempre atualizado com o que existe de vanguarda no mercado. Querendo ou não, hoje, a implantação de um Oracle RAC, está mais banalizada. E isso “arrasta” o preço de uma implementação de Oracle RAC para baixo.

Hoje está mais “barato” ter o Oracle RAC. As empresas de pequeno/médio porte já falam em ter ambientes “altamente disponíveis”. Ter a garantia de que o banco de dados está num nível de disponibilidade maior que o seu concorrente, hoje, é um grande diferencial para as empresas. Além disso, tempo é dinheiro, e uma empresa com a aplicação parada por problemas de infra-estrutura, está perdendo dinheiro!

E por este motivo, quem não conhece o Oracle RAC, corra atrás! Pois o que era considerado como especialização para um DBA há 3 anos, hoje é visto como mais um item fundamental nas atribuições do cotidiano de um bom DBA.

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* Atualização:

Como pude esquecer de algo tão importante? Obrigado, Rodrigo!

Um ponto muito importante que está ajudando a “popularizar” o Oracle RAC é que na versão Standard Editon não há cobrança adicional de licença do produto. O Database Standard Edition não incide custo adicional de licença, mas, algumas limitações são impostas: é possível utilizar no máximo 4 sockets de CPU por cluster, o banco de dados não pode ser armazenado em CFS ou Raw Devices, e, sim, somente em ASM. Em breve incluirei um artigo que trata das diferenças do Oracle RAC no Standard Edition e no Enterprise Edition.

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No próximo artigo, começaremos a simular um ambiente Oracle RAC em VMWare.

Abraços!

Vinicius